Na janela do meu sonho
deixei crescer o perdão,
com sacrifício medonho
cortei as garras do não.
Depois abri as cortinas
pra que entrasse o horizonte
e me vi tão pequenina:
uma gota junto à fonte.
Mas assim que percebi
respingos sobre o jardim,
afagando flor e espinho
liberei o que senti
e em revoada o sim
trouxe o amor de volta ao ninho.
Basilina Pereira
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